A partir deste mês de março vamos focar nossos artigos na Medicina Regenerativa: uma nova área que se apresenta como decisiva evolução tecnológica para diversas âmbitos da medicina contemporânea.
Ela se propõe a romper os paradigmas tradicionais e está realizando novas descobertas a todo momento.
Mas, o que ela faz?
A Medicina Regenerativa visa reparar, regenerar ou substituir células, órgãos e tecidos lesados, utilizando princípios enraizados no conhecimento básico sobre a biologia das células-tronco, estudo de biomateriais e engenharia de órgãos e tecidos.
Como isso acontece?
Ao contrário da medicina tradicional, quando o médico busca a solução do problema focando em tratamentos que aliviam os sintomas, na Medicina Regenerativa o objetivo é recuperar o que foi perdido. Ou seja, ela busca meios de regenerar o órgão ou tecido, curando as regiões lesadas e permitindo a volta do funcionamento normal do órgão.
Para tanto, ela utiliza técnicas, terapias celulares e outras para tentar fazer com que o próprio organismo volte a funcionar normalmente.
Assim, o indivíduo poderá ter uma vida melhor, sem depender de outros cuidados ou medicamentos para o resto da vida. Afinal, o órgão ou tecido danificado foi reparado.
A nova abordagem médica
Esta nova proposta determina a existência de protocolos e tratamentos para muitas doenças. Por exemplo: a coluna vertebral danificada poderia ser incentivada a se reparar com PRP ou aspirado da medula óssea – uma questão que abre portas e dá esperança para pessoas que, antes, não tinham outra opção.
Já na Medicina Esportiva, ela pode ser a esperança de recuperar ligamentos, cartilagens e lesões musculares de atletas que sofreram desgastes ou traumas ao longo da carreira. Dessa forma, o jogador de futebol que precisou se aposentar por não ter mais condições físicas devido a uma lesão teria uma outra alternativa, por exemplo.
Para quem sofreu acidentes e apresenta alguma paralisia devido a lesões na coluna, a Medicina Regenerativa também traz nova esperança. Afinal, hoje essas lesões são irrecuperáveis, forçando os pacientes e se adaptarem às limitações dos seus corpos.
Mas, nesta área das lesões medulares os estudos ainda são muito experimentais.
Dr. Fernando Schmidt – artigo publicado em jornal | março 2023