Sim, mas primeiramente vamos entender o que significa ser idoso em termos de coluna vertebral: acima dos 60 anos; acima dos 70 ou apenas acima dos 80 anos de idade?
Na verdade, antes que estas faixas de idade cheguem, é importante fazer uma avaliação antropomórfica da coluna, para entender como a sua coluna vai envelhecer.
Sim, a coluna envelhece como o nosso corpo inteiro. Os discos desidratam-se e, assim, todos teremos a doença degenerativa da coluna.
Se já estamos com mais de 60 anos, os processos degenerativos da coluna já podem ser claramente notados. E, quando alguns problemas começam a se manifestar, como dores por exemplo, temos como tratá-los e ter uma coluna melhor nas idades subsequentes.
Existem meios mais conservadores e meios menos conservadores – os cirúrgicos. A compreensão da enorme quantidade de variáveis envolvidas não é simples.
A coluna do idoso envelhece. A doença degenerativa da coluna desta pessoa avança. Inúmeras alterações ocorrem. A dor lombar, nas pernas, a tensão no pescoço é persistente. A qualidade de vida cai. A autonomia para fazer suas coisas, para passear, para se exercitar, para caminhar, cai. O desânimo chega. O que fazer? Sou idoso e terei que fazer cirurgia na coluna?
Não, pelo menos a princípio. Com a degeneração dos discos – a espondilodiscopatia – todo o mecanismo de equilíbrio lateral da coluna do idoso é, de certa forma, perturbado. Os discos tornam-se desidratados; os músculos, muitas vezes, não estão preparados para sustentar a coluna que “quer pender” para a frente.
Perceba alguns sintomas cervicais, isolados ou combinados, que são sinais importantes: dor, tontura, tensão muscular e/ou limitação de movimento no pescoço; torcicolo; dor, cansaço e/ou formigamento no braço ou na mão.
Já os sintomas na lombar, mais leves e característicos são: cansaço; formigamento e/ou dor nas costas, nas nádegas; na coxa e/ou na “batata da perna”; sensação de que não sente os dedos do pé; necessidade incomum de achar um lugar para sentar-se; desânimo; insônia ou dificuldade para dormir devido às dores nas costas.
Existem, ainda, os mais graves, tais como: paralisia de perna/paraplegia; perda de movimento no braço; perda do movimento fino para escrever; dificuldade de segurar objetos, abotoar uma camisa e/ou caminhar; retenção de fezes e/ou urina.
E agora: sou idoso e não quero operar a coluna. O que devo fazer?
Existem meios para se evitar a cirurgia de coluna, mas devemos estar bem cientes dos aspectos envolvidos. Da mesma forma, devemos estar cientes das questões pró e dos riscos existentes quando decidimos operar a coluna e os nervos.
É importante colocar tudo na balança, escolher quem entende de fato do assunto e juntos enfrentar o problema de frente.
Dr. Sandro Medeiros
CRM 43938