Incisões amplas já foram padrão, mas é nelas que se mede o nível de agressão aos músculos paravertebrais, fáscias e ligamentos e, por consequência, o impacto no pós-operatório.

Nas últimas décadas, a microcirurgia e a cirurgia endoscópica revolucionaram a prática, reduzindo drasticamente o trauma tecidual.

Ao trabalhar com pequenos túneis ou câmeras invasivas, acessamos apenas o essencial, preservando a anatomia e acelerando a recuperação do paciente.

Contudo, em casos complexos, como deformidades graves, multiníveis comprometidos ou cirurgias de revisão, aberturas maiores continuam indispensáveis para garantir a visualização adequada, a dissecção neural segura e o posicionamento preciso de implantes.

A seguir, listo os principais impactos do tamanho da incisão:

  1. Menor trauma tecidual • Redução do dano a músculos, fáscias e ligamentos • Menor risco de fibrose e dor muscular residual;
  2. Menor sangramento • Técnicas minimamente invasivas produzem menos hemorragia intraoperatória;
  3. Menor dor pós-operatória • Necessidade reduzida de opioides;
  4. Recuperação mais rápida • Alta hospitalar precoce • Retorno às atividades habituais;
  5. Menor risco de infecção • Menor área de exposição ao meio externo.

LIMITES DO CORTE PEQUENO

Em cirurgias extensas, a menor incisão possível deve ceder espaço a abordagens maiores para manter a segurança e a eficácia. O objetivo não é simplesmente “fazer o menor corte”, mas escolher a incisão que permita um procedimento seguro e resultados duradouros.

Discectomias, artrodeses minimamente invasivas e endoscopias lombares exemplificam casos de sucesso com incisões reduzidas.

Como neurocirurgião, encaro cada procedimento como um verdadeiro pacto de cuidado: planejo cada incisão com precisão milimétrica, emprego tecnologias de ponta e técnicas que preservam ao máximo a musculatura lombar.

Desde o detalhamento pré-operatório até o acompanhamento pós-cirúrgico, meu compromisso é garantir não apenas a eficácia do tratamento, mas também o bem-estar e a recuperação mais rápida possível.

Aqui, o tamanho do corte reflete o respeito pela sua anatomia e pela sua jornada de cura, pois para mim não existe sucesso maior do que ver cada paciente retomar a vida com saúde, conforto e confiança renovados.