TRATAMENTOS CIRÚRGICOS

Cirurgia Artrodese Miniopen

cirurgia-mini-openO dano  Iatrogênico aos músculos eretores da espinha e principalmente ao musculo multifidus pela técnica tradicional com incisão na linha media e desinsserção muscular podem ser implicados como uma das causas da dor pós-operatória crônica conhecida como síndrome pós-laminectomia.

Estudos sugerem que o objetivo das cirurgias de Artrodese Lombar com menos invasão deve ser preservar a estrutura fisiológica dos músculos eretores da espinha e musculo multifidus, o que pode ser conseguido utilizando-se espaços intermusculares com menor retração e dissecção desta musculatura.

Esta técnica se chama Miniopen e é padrão de cirurgia na Clínica da Coluna há 10 anos.

Cirurgia Hérnia de Disco Cervical

hernia-dedisco-cervicalNa nossa coluna temos 3 principais regiões anatômicas, a saber: a cervical (pescoço), a dorsal relacionada ao nosso tórax e a coluna lombar (nas cadeiras), perto dos rins. Em toda extensão da coluna temos discos entre as vertebras e raízes nervosas que vão permitir movimentos dos braços e pernas.

A coluna cervical localizada no nosso pescoço permite a saída de nervos que vão dar sensibilidade e força aos nossos braços. Também a nossa coluna cervical protege a medula nervosa que envia informações do cérebro as pernas. Felizmente a nossa coluna é uma estrutura muito forte e na maioria das vezes protege adequadamente a porção neurológica. No entanto, caso haja uma fratura destas estruturas, principalmente com graves acidentes como quedas de altura, pode haver lesão principalmente da medula e perda dos movimentos.

Felizmente, na maioria das vezes, as dores na coluna cervical se devem a inflamações que respondem bem ao tratamento com anti-inflamatórios e fisioterapia e/ou quiropraxia.

No entanto, uma doença muito comum é o deslocamento do disco intervertebral nesta região, conhecida como hérnia de disco e neste caso, pode haver compressão de raízes nervosas ou até da medula. O sintoma mais comum é a compressão de raízes com dor e formigamento nos braços. Nestes casos, é necessário confirmar o diagnostico através do exame de ressonância magnética da coluna cervical, a radiografia mostra a constituição óssea da coluna, mas não tem condições de diagnosticar hérnias de disco.

O tratamento cirúrgico envolve a retirada do disco herniado e com uso de técnica micro-cirúrgica, a descompressão das raízes envolvidas e/ou da medula. No local ocupado pelo disco retirada colocaremos um espaçador de titânio ou eventualmente uma prótese, que pode manter o movimento nesta parte da coluna.

A recuperação cirúrgica se dá em 30 a 60 dias com fisioterapia e retorno as atividades normais.

Laminectomias e Discectomias

DISCECTOMIAS - CatâniaEstas técnicas são utilizadas para descompressão do tecido nervoso que está envolvido pela coluna e pode ser utilizada em qualquer região da nossa coluna.

Quando o quadro é de doença por estenose do canal da coluna, o principal elemento a ser retirado deve ser o tecido ósseo, embora na coluna cervical, devido ao freqüente uso da técnica por via anterior, também os discos intervertebrais são retirados.

Quando a doença principal é a hérnia de disco, basta na maioria das vezes que seja retirado parte do material discal e consequente descompressão das estruturas neurológicas com da técnica da discectomia.

Esta é sem dúvidas a cirurgia mais comumente realizada atualmente no mundo. Na coluna cervical em geral se utiliza esta técnica em cirurgia realizada pela porção anterior do pescoço, na coluna torácica dependendo da posição da hérnia, vamos optar pela abordagem anterior ou posterior.

Na coluna lombar estamos utilizando sempre a abordagem posterior. No caso do cirurgião realizar discectomia esta retirada é parcial, portanto, não evita a possibilidade de haver recidiva de uma hérnia de disco que pode ocorrer em 5% dos pacientes operados, no mesmo local.

No entanto, com as técnicas minimamente invasivas, com microscópio cirúrgico ou vídeoendoscopia o trauma cirúrgico é pequeno e a recuperação rápida, em torno de 2 a 3 dias de internação e de 2 a 4 semanas para o retorno as atividades habituais.

As discectomias lombares podem ser realizadas com anestesia geral ou com anestesia peridural. Em geral, após 6 a 24 horas é possível deambular. Estatisticamente os boms resultados estão na ordem de 95%. Alguns pacientes retornam com recidivas ou permanecem com dores lombares por sentirem a falta do disco destruído parcialmente pela herniação.

Nas discectomias cervicais realizadas por via anterior por haver retirada total do disco podemos indicar a associação de artrodese concomitante.

Cirurgia Vídeo Endoscópica Hérnia de Disco

endoscopia-da-colunaDoenças degenerativas da coluna vertebral estão entre as mais frequentes na sociedade moderna. Uma ampla variedade de fatores pode resultar em danos decorrentes de causas degenerativas. A maioria das consequências comuns são hérnias de disco na coluna vertebral e em estágios avançados, constrições ósseas conhecido como estenoses do canal.

A hérnia de disco envolve uma lágrima do anel de fibra exterior. Como resultado, o núcleo gelatinoso penetra no canal espinal e pode exercer pressão sobre o nervo. Isso resulta no ciático clássico dor que irradia para a perna. O disco espinal, tecido saliente é considerado como material estranho pelo corpo e provoca uma resposta inflamatória  que atrai as células do sistema imunológico e leva a uma reabsorção gradual da hérnia de disco. Este processo dura cerca de 6-12 semanas e há aproximadamente uma possibilidade de 80% de uma cura. Uma vez que a inflamação e pressão sobre os nervos resulta em dor, terapia conservadora concentra-se na eliminação da dor, a fim de dar ao corpo tempo para resolver o problema.

A intervenção cirúrgica pode rapidamente prestar assistência em sérios casos com altos níveis de dor e restrição significativa do sistema músculo-esquelético. Operação totalmente endoscópica da coluna vertebral é o procedimento mais paciente-friendly em que disco vertebral hérnias e constrições ósseas podem ser removidos enquanto ao mesmo tempo, a preservação do tecido. Este procedimento alivia a pressão agindo sobre os nervos, para a resposta inflamatória e traz o fim da dor.

Operação totalmente endoscópica é um procedimento cirúrgico inovador em que a operação é levada a cabo utilizando um endoscópio com um diâmetro de apenas 8mm. Praticamente todas as hérnias de disco na coluna vertebral e a maioria das constrições do canal na coluna vertebral pode ser removido endoscopicamente.

Ainda hoje, uma operação de disco vertebral não é sem riscos. Contudo, utilizando as tecnologias mais avançadas significa que os riscos são significativamente menores do que acontecia anteriormente.

Particularmente, quando o endoscópio é utilizado, a operação do disco vertebral representa uma técnica que alivia rapidamente a pressão sobre o nervo comprimido,  eliminando assim a causa da dor. Os pacientes já são livres de dor imediatamente após a operação e podem rapidamente retornar a atividade normal.

Durante as primeiras semanas após a cirurgia totalmente endoscópica, uma confortável cinta ajustável pode ser usada. Um individualizado programa de reabilitação é eficaz, especificamente em casos de fraqueza múscular. Um retorno à atividade normal é possível dentro de aproximadamente 4-6 semanas após a operação.

Cirurgia Hérnia de Disco Lombar

hernia-dedisco-lombarO paciente que é acometido por uma hérnia de disco lombar apresenta dor intensa nas pernas, geralmente de um lado, acompanhado de formigamento e eventualmente, diminuição da força.
Se esta dor persiste por mais que 4 semanas deve ser investigada com exame de ressonância magnética para confirmar o diagnóstico, que pode ser a ruptura do disco intervertebral e compressão de uma raiz da coluna lombar.

O tratamento cirúrgico consiste na retirada deste material que saiu do disco e provoca a compressão do nervo.

Há cerca de 80 anos diferentes técnicas foram desenvolvidas começando com a clássica laminectomia que necessita grande abertura da coluna e dano muscular. Na década de 70 a introdução do uso do microscópio cirúrgico diminuiu grandemente o dano com os mesmos resultados das técnicas maiores.

Há cerca de 10 anos, técnicas minimamente invasivas tem sido aperfeiçoadas com o intuito de realizar a mesma cirurgia utilizando endoscópios, incisão de 8 mm e anestesia geral ou local com sedação. Esta técnica utiliza o sistema Vertebris da Richard-Wolf da Alemanha e é utilizada no nosso meio há cerca de 2 anos, minimizando a dor e os danos as estruturas sãs do corpo.

Artrodeses da Coluna Vertebral

ARTRODESES - CatâniaNo final da década de 80 do século passado foram introduzidas novas formas de fixações da coluna com implantes metálicos que podiam substituir corpos vertebrais, discos intervertebrais e unir vértebras por parafusos e hastes.

Nos dez anos seguintes estes materiais foram aprimorados e fazem parte cotidiana da maioria das cirurgias de coluna atualmente. A grande vantagem destas técnicas é que podem eliminar as instabilidades devido a desgaste, fraturas ou tumores da coluna.

O inconveniente é a perda do mobilidade no ou nos níveis da coluna em que efetuamos a artrodese. Em média a perda esta na ordem de 6% por cada nível da coluna que fixamos.

Na coluna toda temos 23 disco intervertebrais. A década de 90 do século passado foi a que proporcionou os maiores avanços nesta técnica e atualmente podemos proporcionar artrodeses em qualquer porção de nossa coluna e para a grande maioria das doenças como nas hérnias de disco, fraturas de coluna, tumores, infecções e doenças degenerativas.

Os materiais atualmente utilizados são fundamentalmente o titâneo e o PEEK que são excelentes materiais biocompatíveis sem haver rejeição do nosso corpo e com boa ósteointegração. Também não interferem na realização de novos exames de tomografia computadorizada e de ressonância magnética.

Nas hérnias de disco e doenças degenerativas as indicações para se utilizar uma técnica descompressiva como as laminectomias e discectomias ou uma técnica de artrodese deverá ser uma decisão médica a partir do tempo da doença, tipo de dor, se é a primeira hérnia de disco ou uma recidiva.

O fator mais importante é a presença ou não de uma instabilidade macroscópica ou microscópica ou se o cirurgião presume que a cirurgia poderá trazer instabilidade na coluna.

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